Não deve haver presidente de Câmara aqui da região que em campanha eleitoral não diga que é preciso apostar no turismo de natureza e de qualidade, blá, blá, blá.
Depois das eleições a realidade é outra. Se já há algum turismo desse tipo na região, é graças a esforço de privados, muitas vezes de empresas estrangeiras, que já perceberam há muito o tesouro escondido que é o interior de Portugal.
Como se compreende que sejam marcados percursos pedestres rurais e depois esses caminhos sejam asfaltados? Sim, estou a falar do caminho para as eólicas da Guarda...
Mas felizmente já há quem esteja a passar da teoria à prática. Um bom exemplo é Manteigas, com o projecto "Manteigas Trilhos Verdes". Foi criado um site muito bom, com tudo o que é preciso saber para desfrutar a natureza em Manteigas: Mapas, folhetos em PDF, alojamentos, gastronomia, agenda, tudo traduzido para Inglês e Espanhol!
Vai também ser construído um Centro de BTT, a exemplo do que já existe na zona da Lousã. Veja a notícia aqui.
Há algumas semanas fui a Manteigas e o projecto não é só um site. Já existem as marcações no terreno, com vários painéis de informações. Aproveite a Primavera e visite Manteigas!
quarta-feira, 20 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Corrida Guarda-Covilhã
Aqui fica a foto do vencedor da corrida de Domingo:
O vento Sul, mas também a lareira, o sofá, as morcelas e o queijo da serra foram obstáculos que levaram a que o autocarro chegasse à Covilhã 15 minutos antes que eu e o meu amigo Paulo Coelho, que me rebocou todo o caminho. Tivesse ido ele sozinho e tinha tempo de almoçar pelo caminho e chegar antes do autocarro!
Mas o objectivo principal foi cumprido, chamar a atenção das pessoas e da comunicação social para a situação da Linha da Beira Baixa, ao abandono entre a Covilhã e a Guarda. Essa linha poderia ser uma alternativa para os movimentos pendulares existentes entre a Guarda, Belmonte, Covilhã e também o Fundão. Os combustíveis estão cada vez mais caros, a A23 em breve vai ter portagens, é necessário encontrar alternativas ao automóvel particular.
Fica aqui a notícia publicada no Jornal de Notícias, foi também alvo de reportagem na Rádio Altitude. Já na semana passada foi notícia no jornal O Interior.
Aceitam-se sugestões de mais iniciativas para lutar pela reabertura do troço encerrado da Linha da Beira Baixa.
O vento Sul, mas também a lareira, o sofá, as morcelas e o queijo da serra foram obstáculos que levaram a que o autocarro chegasse à Covilhã 15 minutos antes que eu e o meu amigo Paulo Coelho, que me rebocou todo o caminho. Tivesse ido ele sozinho e tinha tempo de almoçar pelo caminho e chegar antes do autocarro!
Mas o objectivo principal foi cumprido, chamar a atenção das pessoas e da comunicação social para a situação da Linha da Beira Baixa, ao abandono entre a Covilhã e a Guarda. Essa linha poderia ser uma alternativa para os movimentos pendulares existentes entre a Guarda, Belmonte, Covilhã e também o Fundão. Os combustíveis estão cada vez mais caros, a A23 em breve vai ter portagens, é necessário encontrar alternativas ao automóvel particular.
Fica aqui a notícia publicada no Jornal de Notícias, foi também alvo de reportagem na Rádio Altitude. Já na semana passada foi notícia no jornal O Interior.
Aceitam-se sugestões de mais iniciativas para lutar pela reabertura do troço encerrado da Linha da Beira Baixa.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Más noticias na Linha da Beixa Baixa
Ontem foi publicada na imprensa uma boa noticia sobre a Linha da Beira Baixa. O túnel do Barracão estava modernizado e pronto a ser electrificado.
Mas hoje, no meio de uma notícia sobre a Refer veio uma informação que não me deixou muito surpreendido e torna a obra no túnel do Barracão dinheiro deitado ao lixo.
Noticia aqui: http://economia.publico.pt/Noticia/refer-vai-despedir-500-trabalhadores-em-dois-anos_1489747
Lá pelo meio pode-se ler: “As linhas que foram "provisoriamente" encerradas há dois anos vão continuar fechadas.”
Aqui na Guarda não podemos deixar morrer a ligação à Covilhã. Com as portagens e o aumento dos combustíveis, esta ligação, se bem gerida, pode ser rentável e prestar serviço público às populações da Guarda, Belmonte e Covilhã.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Corrida de protesto por melhores Transportes Públicos
Guarda – Covilhã: Bicicleta contra Comboio
Domingo, 17 de Abril de 2011. Estação de Caminhos-de-ferro da Guarda, 13:22
Em breve as estradas que ligam as cidades do Interior vão ter portagens.
Ao contrário das grandes zonas urbanas do Litoral, o uso do automóvel não é um luxo, mas uma necessidade básica, pois os Transportes Públicos não são uma alternativa viável.
Os 28 quilómetros entre Sintra e Lisboa demoram 39 minutos a ser percorridos de comboio e a IC19 é gratuita. Há 77 comboios por dia.
Os 47 quilómetros de Santa Apolónia a Azambuja demoram 38 minutos a ser percorridos e a portagem da A1 é de apenas 1,20 €. Há 48 comboios por dia.
Os 47 quilómetros da Guarda à Covilhã demoram 88 minutos a ser percorridos por um autocarro que veio substituir o comboio, pois a Linha da Beira Baixa fechou para obras em Março de 2009 neste troço. A portagem da A23 prevê-se que venha a custar cerca de 4 €. Há apenas 3 comboios por dia. O mesmo trajecto pela A23 demora 35 minutos, pouco mais que 1/3 do tempo!
Preços previstos para as portagens na A23, A24 e A25
Para demonstrar a injustiça das portagens e a falta de qualidade dos Transportes Públicos, vou fazer o percurso entre as Estações de Caminhos-de-ferro da Guarda e da Covilhã de bicicleta, tentando ser mais rápido que o Comboio/Autocarro.
Linha da Beira Baixa, perto da estação de Belmonte...quando ainda circulavam comboios.
Se gosta de pedalar! Se quer lutar por melhores Transportes Públicos e contra portagens em estradas sem alternativas válidas! Apareça e acompanhe-me a pedalar!
Para mais informações, contactar: vivercidadeguarda@gmail.com
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Transportes Interurbanos no Interior
Com as portagens prometidas (ou talvez não) para 15 de Abril, é preciso começar a olhar para os transportes públicos como uma opção a ter em conta nas viagens interurbanas.
São mais lentos e menos flexíveis, tempo é dinheiro, mas a poupança pode ser tão grande que compensa o tempo a mais. E sempre se pode ler um livro ou dormir um pouco, coisas impossíveis de fazer a conduzir...
Uma alternativa é o comboio. Na Guarda infelizmente só é alternativa para quem vai para até ou para Sul de Coimbra, na zona da linha do Norte. Para o Porto obriga a fazer correspondência em Coimbra, tendo-se de pagar 2 bilhetes e correndo o risco de com um atraso do 1º comboio se perder o 2º. Da Guarda a Lisboa demora-se no mínimo 4:08 e custa 18 € no Intercidades.
Para se perceber como as correspondências são mal feitas, para o Porto demora-se no mínimo 3:49, com um custo de 20,50 €. Mas nessa opção a viagem da Guarda para a Pampilhosa é feita num comboio regional e obriga a uma espera de 33 minutos para trocar de comboio...o que quer dizer que a viagem podia demorar facilmente menos uma hora, ou seja, pouco mais de 2:30. Para que precisamos do TGV?
Talvez na esperança de aproveitar quem foge das portagens e da ineficiência da CP, a Transdev lançou uma nova rede de Expressos para as cidades do interior, a Citi Express. É uma rede que já existia, mas está agora com uma nova imagem, fácil de ler e compreender, um pouco à imagem dos diagramas dos comboios.
Incrível é que a Transdev é a empresa que também gere os Transportes Urbanos da Guarda. Como é possível ter na mesma empresa sectores que parecem trabalhar para o cliente e outros que parecem querer afastar-los a todo o custo.
São mais lentos e menos flexíveis, tempo é dinheiro, mas a poupança pode ser tão grande que compensa o tempo a mais. E sempre se pode ler um livro ou dormir um pouco, coisas impossíveis de fazer a conduzir...
Uma alternativa é o comboio. Na Guarda infelizmente só é alternativa para quem vai para até ou para Sul de Coimbra, na zona da linha do Norte. Para o Porto obriga a fazer correspondência em Coimbra, tendo-se de pagar 2 bilhetes e correndo o risco de com um atraso do 1º comboio se perder o 2º. Da Guarda a Lisboa demora-se no mínimo 4:08 e custa 18 € no Intercidades.
Horários retirados de www.cp.pt
Para se perceber como as correspondências são mal feitas, para o Porto demora-se no mínimo 3:49, com um custo de 20,50 €. Mas nessa opção a viagem da Guarda para a Pampilhosa é feita num comboio regional e obriga a uma espera de 33 minutos para trocar de comboio...o que quer dizer que a viagem podia demorar facilmente menos uma hora, ou seja, pouco mais de 2:30. Para que precisamos do TGV?
Horários retirados de www.cp.pt
Talvez na esperança de aproveitar quem foge das portagens e da ineficiência da CP, a Transdev lançou uma nova rede de Expressos para as cidades do interior, a Citi Express. É uma rede que já existia, mas está agora com uma nova imagem, fácil de ler e compreender, um pouco à imagem dos diagramas dos comboios.
Mapa retirado de http://www.citiexpress.eu
Incrível é que a Transdev é a empresa que também gere os Transportes Urbanos da Guarda. Como é possível ter na mesma empresa sectores que parecem trabalhar para o cliente e outros que parecem querer afastar-los a todo o custo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)