Resumo
A A23 pode-se dividir em 2 zonas, divididas pelo nó do Fratel.
Com um valor por quilómetro tão elevado, a norte do Fratel compensa utilizar sempre as alternativas, nunca passando por nenhum troço cobrado. As estradas alternativas em alguns locais têm muitas curvas ou passam por zonas urbanas, mas mesmo assim compensa face ao valor exorbitante das portagens. Isto não quer dizer que haja boas alternativas. Quer dizer é que os valores cobrados são um roubo, comparados com outras auto-estradas em zonas com bons transportes públicos, como a A1.
A sul do Fratel não há grandes hipóteses. As alternativas são tão más, que em poucos locais o custo de as utilizar é superior ao custo das portagens. Ou se tem de fazer muitos mais quilómetros por estradas secundárias, ou de passar pelo meio de cidades de considerável dimensão, perdendo-se muito tempo.
Quadro comparativo:
(carregue nas imagens para ver melhor)
Em seguida deixo o quadro comparativo, onde são analisadas as várias opções desde a Guarda até ao nó com a A1. Por vezes há zonas que se repetem, pois saindo da A23 só compensa entrar alguns nós mais à frente. O quadro tem o nó de inico e fim, os quilómetros e o tempo na A23, o preço da portagem onde existem pórticos, a distância, o tempo e a diferença de tempo entre a A23 e a alternativa. Do lado direito está a comparação entre a A23 e a alternativa em relação ao consumo de combustível e ao desgaste da viatura por a distancia ser diferente, além da diferença de tempo convertida em Euros.
A vermelho estão os troços onde é mais económico utilizar a A23 pagando portagem do que a alternativa. No final está uma linha, com o trajecto Guarda-A1, comparando utilizando e pagando a A23 nos troços a vermelho. O valor de 13,35 € de portagens são as que se deixam de se pagar por usar as alternativas.
Análise pórtico a pórtico:
(carregue nos mapas e faça gravar para ver melhor)
Nos mapas a linha vermelha representa a A23. A linha roxa representa a alternativa.
Nó 35-Guarda Sul ao nó 32-Belmonte Sul
Da cidade da Guarda para sul é a doer. Há logo 3 pórtico seguidos, são 3,70 € até Belmonte Sul. O troço seguinte já não tem pórtico, mas como aqui a N18 passa longe deste nó, não compensa regressar à A23 neste local. Demora-se mais do dobro do tempo e são quase mais 10 km.
Conclusão: Se o objectivo for chegar a Caria vindo da A25 ou mesmo do centro da Guarda, a A23 será uma boa opção. Caso o objectivo seja seguir mais para Sul, utilizar a N18. Nem compensa utilizar o troço seguinte gratuito, como se verá mais à frente.
Nó 30-Covilhã Sul ao nó 29-Fundão Norte
Neste troço a N18 é paralela à A23. A distância que é preciso percorrer a mais tem a ver com a saída e entrada na A23. O maior inconveniente é o tempo, pois há algumas rotundas.
Conclusão: Se o objectivo for sair da A23 e voltar a entrar e se valorizar muito o tempo, compensa seguir pela auto-estrada. Mas se a origem/destino for o Fundão/Covilhã, compensa sair da A23 e poupar 1,50 €.
Nó 35-Guarda Sul ao nó 29-Fundão Norte
Como foi referido atrás, da Guarda ao Fundão a N18 distancia-se um pouco da A23, pelo que não compensa estar a entrar e a sair para aproveitar os troços sem pórticos. Sendo assim, a melhor opção se se quiser evitar as portagens será fazer o percurso entre a Guarda e o Fundão sempre pela N18. São mais alguns quilómetros e quase o dobro do tempo, mas pagar 5,20 € por menos de 49 km é muito caro…
Conclusão: Seguir pela N18, excepto se o tempo for muito importante.
Guarda – Covilhã
A distância não é muita, mas a A23 ainda passa um pouco ao largo da Covilhã e da Guarda. Quando o objectivo é ligar as duas cidades, essa distância pode penalizar ainda mais a opção A23. Por isso faço esta análise, não considerando os nós da portagem, mas sim locais possíveis onde se faria a opção entre a A23 e a N18.
Mesmo sem portagem a maior vantagem da A23 é o menor tempo de viagem, pois a distância é maior. Com uma portagem a mais de 0,10 € (3,70 € por 36 km), só se tendo mesmo muita pressa é que compensa ir por lá.
Conclusão: Para ligar directamente a Guarda à Covilhã, percorrer as curvas da N18, trocando-se mais 15 minutos de viagem por 3,70 € na carteira.
Nó 27-Castelo Novo ao nó 26-Soalheira e
Nó 25-Lardosa ao nó 24-Alcains
Depois da passagem da Serra da Gardunha, felizmente sem portagens, entramos numa zona plana, onde as estradas alternativas seguem paralelas à A23 e sem grandes curvas. É o caso destes troços, onde a saindo e entrando na A23 não se fazem muitos mais quilómetros. Perde-se algum tempo, mas pórtico a pórtico poupam-se muito euros.
Conclusão: Seguir pela N18, excepto se o tempo for muito importante.
Nó 23-Castelo Branco Norte ao nó 17-Fratel
Entre Castelo Branco Norte e o Fratel há apenas 2 troços onde não há pórticos. Desta forma, não compensa andar a saltar entre a A23 e o IP2, a alternativa nesta zona. Mais ainda sendo a alternativa o IP2, que permite fazer boas médias e velocidades próximas da A23. São menos 4,80 € de portagens por apenas mais 3 km e 15 minutos de viagem.
Conclusão: Seguir pelo IP2, excepto se o tempo for muito importante.
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A partir deste ponto e até à A1 não há como fugir à A23. Apesar de mais à frente a A23 deixar de ser uma auto-estrada, para ser um via rápida urbana. Curvas apertadas, faixas estreitas, nós de acesso consecutivos. Saindo da A23, ou se atravessam zonas urbanas ou é preciso ir dar uma volta sem fim. A estrada antiga passa a sul do Tejo. Seria preciso seguir pelo IP2, passar a barragem e as curvas do Fratel e fazer muitos mais quilómetros por estradas nacionais secundárias. Também não é opção viável, face ao valor das portagens na A23.
Nó 14-Envedos ao nó 13-Gavião
A alternativa passa pelo meio de aldeias, demora-se o triplo do tempo. É preciso fazer várias viragens em cruzamentos, usar GPS com o percurso carregado.
Conclusão: Seguir pela A23, utilizar a alternativa se o tempo não for importante.
Nó 12-Mação ao nó 11-Mouriscas
A alternativa passa pelo meio de aldeias, demora-se o triplo do tempo. É preciso fazer várias viragens em cruzamentos, usar GPS com o percurso carregado.
Conclusão: Seguir pela A23, utilizar a alternativa se o tempo não for importante.
Nó 10-Abrantes Este ao nó 9-Abrantes Oeste
O percurso alternativo implica cruzar o centro de Abrantes, uma cidade de 20.000 habitantes. Um percurso que na A23 demora 3 minutos irá demorar uma eternidade.
Conclusão: Seguir sempre pela A23.
Nó 8-Montalvo/Abrantes ao nó 7-Constância Centro
O único troço nesta zona onde compensa sair da A23. A alternativa é a N3, a distância é a mesma e passa fora de zonas urbanas. Perdem-se 5 minutos, mas poupa-se 1 €.
Conclusão: Seguir pela N3, excepto se o tempo for muito importante.
Nó 4-Atalaia ao nó 1-Zibreira
Apesar de pelo meio haver um troço sem pórticos entre o Entroncamento e Torres Novas, não compensa entrar e voltar a sair da A23. A alternativa vária entre o muito bom (IC3) ao muito mau (atravessar o centro do Entroncamento).
Conclusão: Seguir pela A23, utilizar a alternativa apenas se o tempo não for importante.
Agradeço sugestões de outras alternativas melhores do que as apresentadas aqui. Dúvidas ou sugestões, para o e-mail vivercidadeguarda@gmail.com.